quarta-feira, 4 de abril de 2012

Capitulo 1

Toda a agitação da festa proporcionava a Catarina e Fernando pouca privacidade, de modo a que o casal optou por se dirigir para uma das varandas da casa, onde podiam conversar sem que fossem incomodados. A varanda que escolherem estava localizada nas traseiras da casa e tinha apenas um pequeno cadeeiro de teto para a iluminar.
Catarina - Está uma noite agradável.
Fernando envolveu a cintura de Catarina com as suas mãos e beijo-a suavemente nos lábios.
Fernando - Sem dúvida…
Os lábios de Fernando deslizaram até ao pescoço de Catarina, causando-lhe agradáveis arrepios.
Catarina - Aqui?
Fernando continuou a beija-la.
Catarina - Então e se alguém decidir vir à varanda?
Fernando parou de a beijar, olhou para ela com os olhos a transbordar de paixão, afastou-se um pouco e trancou a porta da varanda que dava acesso ao corredor principal da casa de Káká.
Fernando - Problema resolvido.
Catarina sorriu-lhe e começou a responder às suas carícias, colocando as suas mãos à volta do pescoço de Fernando e com um pequeno salto envolveu o tronco de Fernando com as suas pernas esbeltas. Fernando encostou as costas de Catarina à parede e continuou a beija-la ardentemente. Subitamente parou e olhou Catarina nos olhos e perguntou algo preocupado:
Fernando - Sentes-te confortável?
Catarina sorriu-lhe.
Catarina - Estou ótima, meu amor, não pares…
Fernando sorriu-lhe de volta e retomou as carícias.
Foi tudo bastante rápido, pois apesar de o desejo que sentem um pelo outro os levar a cometer este género de loucuras, ambos sabiam que fazer amor numa varanda, mesmo que a porta da mesma estivesse trancada, era bastante arriscado.
De seguida saíram os dois de mãos dadas da varanda e foram-se juntar à festa.
 
***
 
Entretanto, Joana estava sentada no balcão da cozinha a beber shots de vodca, quando Beckham entra.
Beckham - Hey! Estás bem aí sozinha?
Joana - Sim, claro. Podes só ir embora.
Beckham - Oh. Okay. Desculpa.
A Joana levanta a cabeça.
Joana - Oh meu deus! És tu. Desculpa.
Beckham - Então, tu sabes quem eu sou.
Joana - Todo o mundo sabe quem tu és.
Beckham - Se tu o dizes. Mas eu não sei o teu nome.
Sentando-se à frente dela e tirando a bebida dela e servindo um copo para ele.
Joana - Joana. Muito prazer em conhecer-te, Beckham.
Beckham - Sabes que me podes tratar por David, certo?
E nesse momento o David aparece na cabeça dela e ela começa a sentir-se culpada.
Joana - Posso só tratar-te por Beckham, se faz favor.
Beckham - Claro, o que preferires.
Eles continuam a falar.
Joana - Isto é super irritante. Eles fazem tanto barulho.
Beckham - Queres ir falar num quarto lá para cima?
A Joana levanta-se.
Joana - Okay. Traz outra garrafa.
Eles sobem para o andar de cima à procura de um quarto onde pudessem falar. Eles finalmente encontram um livre e entram.
Joana - Importas-te que me descalce?
Beckham - Claro que não.
A Joana descalça-se e deita-se na cama, com a cabeça para os pés da cama, os pés elevados na parede e o Beckham senta-se ao lado das pernas dela.
Beckham – Então, onde é que nós íamos…
Joana - Tu estavas-me a contar como é jogar futebol nos EUA.
Beckham - Sinceramente é completamente diferente do que jogar aqui, onde as pessoas ligam ao futebol, lá é tudo basebol e futebol americano.
Joana - Então, porquê que não te mudas de volta para cá? Qualquer equipa te aceitaria.
Beckham - Porque eu adoro viver em LA. Eu adoro a praia, o sol e o ambiente por lá. Alguma vez estiveste lá?
Joana - Vivi lá durante dois anos. Eu adoro LA.
E a Joana pensou “foi onde conheci o meu noivo” mas estas palavras não saíram. Durante todo este tempo eles tinham estado a beber enquanto ele brincava com a bainha das calças dela. Até que ele começa devagar a pegar na mão dela e a elevá-la.
Beckham – Então porquê que te mudaste?
Joana - Não conseguia arranjar emprego como guionista.
Com o final desta frase, os lábios deles estavam a apenas milímetros de distância, a cabeça da Joana estava a mandá-la afastar-se e fugir dali, mas ela não se mexeu, e quando os lábios do Beckham tocaram nos dela, tudo o que ela tinha estado a pensar foi pelos ares. Enquanto eles se beijavam, ela apercebeu-se que ele cheirava como o David, e ao levar as mãos ao cabelo dele, que o cabelo dele parecia-se com o do David. Ela sentia-se confortável como se estivesse em casa. Ele passava as mãos suavemente pelo cabelo dela e andava com os lábios da boca para a orelha onde murmurou.
Beckham - Tu és linda...
Como o David murmura todas as vezes que eles fazem amor. Os lábios dele voltaram para os dela, ela entreabri-os deixando a sua língua penetrar enquanto elas dançavam suavemente.
No momento em que os lábios dele se afastam dos dela, ela sente-se sozinha outra vez, porém estes sentimentos foram rapidamente trocados por sentimentos de culpa. Mas nesse momento já o Beckham tinha tirado a camisola e puxado-a para o seu colo, ela envolveu as pernas à volta do seu tronco e manteve as suas mãos nos seus braços, enquanto ele lhe beijava o pescoço, deixando pequenas marcas e brincava com as pontas do cabelo dela.
Até a mão dele descer e chegar à ponta da camisola e no momento em que as mãos dele lhe tocam diretamente na pele algo acordou na mente da Joana. Aquele toque não era o do David, quando o David lhe toca, ele agarra-a de uma maneira que lhe fazia saber que ele a ama com tudo o que ele tem, que ela é dele apesar de tudo, que ela é dele e que ele é dela e que isso é o que está certo.
Quando a Joana se apercebe disto, afasta-se o mais rápido de Beckham, pega nos sapatos e corre porta fora só tendo tempo para dizer.
Joana - Desculpa, mas eu não posso fazer isto.
As lágrimas vêm-lhe aos olhos e os pensamentos que lhe correm pela cabeça são: “Aquele não era o David, eu beijei outro homem, eu sou horrível, ele nunca me vai perdoar. Eu vou perdê-lo.”
 
***
 
Tânia dirigiu-se até à porta da garagem, pôs a mão na maçaneta e abriu a porta lentamente mas não completamente de modo a poder espreitar, pois reparou que estava lá gente. O que viu deixou-a incrédula, os seus olhos não podiam acreditar no que viam. Elena estava deitada no chão com Marcelo por cima dela. Ao início Tânia presumiu que estes devido à quantidade de álcool que tinham ingerido se tivessem acabado por envolver, o que achou estranho pois sabia que Elena não queria mais que a amizade de Marcelo. No entanto acabou por se aperceber que Elena não se movia e tinha os olhos fechados. Posto isto concluiu que Elena estava a ser violada por aquele que Elena considerava uma grande pessoa, um grande amigo e uma pessoa de confiança. Tânia lembrou-se de uma conversa que tinha tido há dias com Elena sobre Marcelo, em que esta se fartou de o elogiar. Até aquele momento Tânia tinha uma muito boa opinião sobre Marcelo mas que, em apenas uns meros segundos, mudou radicalmente. Agora achava-o um homem sem escrúpulos, um imbecil, um otário mas acima de tudo um VIOLADOR. Ela ponderava se Marcelo não tivesse feito isto a mais raparigas. Quando Tânia voltou a si, viu que Marcelo já se tinha vestido e de seguida vestiu Elena e foi-se embora sem dizer nada a ninguém. Assim que Marcelo se foi embora, Tânia correu em auxílio de Elena e começou a dar-lhe estalos, não com muita força, apenas com a força necessária para que esta acordasse, o que não resultou.
Na sala estranhavam a demora de Tânia.
Cesc – Mas será que ela nunca mais vem com as bebidas?
Nico Gaitán – Pois, é que já se bebia qualquer coisa.
Catarina – Tenham calma, eu vou ver dela.
Catarina deslocou-se até à divisão onde se encontrava Tânia. Assim que abriu a porta deparou-se com Elena inanimada no chão e com Tânia junto a ela tentando acorda-la. Catarina correu para a ajudar.
Catarina – O que se passa? Por que é que ela está assim?
Tânia sabia que não iria contar a verdade a Catarina sem primeiro falar com Elena, por isso decidiu mentir. Estava a pensar na desculpa que ia dar mas com a demora os seus pensamentos são interrompidos por Catarina.
Catarina – Tânia estás a ouvir-me?
Tânia – ÃHHH. O quê?
Catarina – Estava-te a perguntar o que se passou com a Elena mas tu não me ouviste porque estavas a olhar para o nada.
Tânia – Desculpa, estava a pensar noutra coisa.
Catarina – E pode-se saber no que estavas a pensar?
Tânia – Isso agora não interessa. Temos é de acordar a Elena.
Catarina – Ok, mas depois vai-me dizer no que estavas a pensar. Mas o que é que se passou com ela?
Tânia – É o que a bebida faz. Abusou e agora está assim. – Mentiu.
Catarina – Será que entrou em coma?
Tânia – Não me parece. – Com isto agarra numa garrafa de água e despeja-a em cima de Elena, que faz com que esta acorde.
Elena – Onde é que eu estou?
Catarina – Estás bem? O que se passou? – Bombardeou-a com perguntas.
Tânia – Catarina tem calma, ok? Agora ajuda-me a leva-la para a sala.
As duas levaram Elena até à sala com muita dificuldade, visto que esta mal se aguentava em pé, parecia que estavam a levar uma pessoa morta.
Quando lá chegaram Cesc largou tudo o que estava a fazer e foi ajuda-las pegando ao colo a irmã e sentou-a no sofá.
Cesc – O que é que se passou? Por que é que estás nesse estado?
Elena – Ai, calma Cesc. Acho que bebi demasiado.
Cesc – Pois, tu e a bebida nunca foram melhores amigos.
Elena – Lá estás tu com as tuas conversas.
Cesc – É verdade e tu sabe - o bem.
Elena – Káká, importas-te que fique um pouco mais no sofá… sinto-me um pouco tonta e doí-me imenso a cabeça…
Káká – Claro, está à vontade.
Elena ia a dizer obrigada mas as forças faltaram-lhe. Sentia que a sua cabeça ia explodir e tinha o corpo dorido. “Estranho… não me lembro de nada e não sei porque tenho o corpo dorido…” pensou ela. Enquanto Elena a custo se esforçava para aguentar as dores de cabeça, Tânia observava-a atentamente, a transbordar de preocupação, “Será que ela se lembra de alguma coisa? O que é que ele terá feito para ela desmaiar? Talvez lhe tenha batido… hum isso explicaria as dores de cabeça tão fortes… ou será que a drogou? Também é possível. Tenho de falar com ela urgentemente! Se ele a tiver magoado a sério, vamos ajustar contas!” pensou Tânia, até ser interrompida por Cesc.
Cesc – Obrigado. – Disse num sussurro.
Tânia – Obrigado, porquê?
Cesc – Por teres ajudado a Elena.
Tânia – Até parece. Eu fiz o que fiz porque quis, não porque me obrigaram. E também ela fazia o mesmo se fosse comigo.
Cesc – Namoro com a rapariga mais perfeita do mundo! - selaram a conversa com um beijo apaixonado.
Ruben Amorim – Sabem que o Káká tem muitos quartos vazios cá em casa. – E como habitual, Ruben, tinha de mandar a sua piada que metia toda a gente a rir, toda a gente, menos Elena, que estava completamente alheia ao que a rodeava, e Tânia que estava demasiado pensativa, esboçando apenas um leve sorriso.
Elena olhou para Tânia como se tivesse acabado de acordar de um sonho, ou talvez um pesadelo.
Elena – Acho que vou vomitar…
Tânia muito rapidamente pegou num saco que estava em cima da mesa, e colocou à frente de Elena, que vomitou para dentro do saco. Tudo isto gerou grande confusão, mas não impediu que Tânia visse Marcelo a aproximar-se…

7 comentários:

  1. ahahah muito bom, necessita-se capitulo 2 ahah ;b

    ResponderEliminar
  2. Oláá!! Ansiei tanto por ver este capitulo xD
    Muitos parabéns, está espetacular, mas precisa urgentemente de continuação +.+
    Beijos e continuação de um bom trabalho.
    Ana Damas*

    ResponderEliminar
  3. Gosteii !
    Continua (:
    Beijos.
    Joana Leal*

    ResponderEliminar
  4. fabuloso...

    quero mais...

    continua... tou super curiosa para ver o proximo...

    ResponderEliminar
  5. Gostei imenso. Fez-me lembrar imenso a série Gossip Girl, não sei porquê. Conseguiram bem a escrita, consegui imaginar tudo ao pormenor. Parabéns, espero pelo próximo meninas :)

    ResponderEliminar
  6. Tanta ação para uma festa só... hehe
    Gostei muito, fico a espera do próximo cap.

    Bjinhos, (namorada do André)

    ResponderEliminar
  7. Olá :D
    Adorei!!
    Aquilo que o MArcelo fez é nojento.Espero que a Tânia diga alguma coisa acerca disso
    Beijos :D

    ResponderEliminar